Embora muitas pessoas optem pelas tatuagens coloridas, as artes feitas apenas com tinta preta também são um grande charme. Diversos são os estilos e técnicas que podem tornar exclusiva a cor preta – Blackwork, Pontilhismo e Lettering são grandes exemplos.
Ainda assim, mesmo que haja outras cores na arte escolhida, é comum que surja a seguinte dúvida entre os tatuadores: qual é a melhor tinta preta para aplicar na pele? Atualmente, os dois principais tipos para utilização em tattoos são: preto linha e preto tribal.
Mas afinal, quais são as diferenças entre elas?
Como o próprio nome sugere, o preto linha é uma tinta desenvolvida principalmente para a realização de traços, linhas e contornos. Com uma partícula de pigmento menor e mais leve, ela possui menor índice de espalhamento, estabilizando-se na pele rapidamente.
Em tattoos mais complexas, onde há a escolha de artes mais sólidas e com traços mais grossos, o preto linha é visto como uma tinta pouco viável, uma vez que as pinturas requerem maior facilidade de espalhamento do pigmento nos preenchimentos. Para resolver esta questão, o preto tribal se torna a tinta ideal, afinal, ela é desenvolvida especificamente para apresentar maior eficiência no espalhamento e expansão do pigmento após a sua aplicação na pele.
Por fim, há ainda o preto turbinado, que nada mais é do que uma versão aperfeiçoada do preto tribal. Com maior densidade e concentração, ele é recomendado para tatuagens onde há a necessidade de maiores profundidades e contrastes, como as artes em realismo, por exemplo.
É possível inverter os papéis entre o preto linha e o tribal?
Tecnicamente, o preto tribal é ótimo para trabalhos uniformes em aplicações sólidas. No entanto, ao utilizá-lo em traços, linhas e contornos, há uma grande probabilidade de estourar o pigmento na pele. Na prática, a tinta acaba “caminhando” para fora do desenho original, já que ela é produzida exatamente para realizar esse espalhamento.
Em contrapartida, é possível dizer que sim: o preto linha pode ser utilizado para efetuar preenchimentos. O grande porém está na viabilidade, dado que o tatuador dependerá de sua própria técnica para cobrir completamente a área de preenchimento da tatuagem sem que apareçam falhas posteriormente (durante o período de cicatrização).
Isso acaba exigindo maior tempo, paciência e quantidade de tinta, ou seja, não é nem um pouco vantajoso para o artista e o cliente. Considerando que o tribal acaba suprindo estas demandas em razão da sua expansão natural propriamente dita, e o preto linha possui menor risco de estourar em artes de traço fino, a maior dica deste artigo é respeitar as tintas adequadas para suas respectivas finalidades.