As cervejas possuem diversos elementos em sua composição, e em muitos casos o nitrogênio é um deles. Também conhecido como azoto, ele conta com alguns benefícios que são considerados imprescindíveis para o consumo da bebida.

A utilização do nitrogênio nas receitas se popularizou após a cerveja irlandesa Guinness lançar uma versão que utilizava o elemento para carbonatar a bebida – por volta de 1959. Na atualidade, o processo de carbonatação pode variar um pouco, mas o uso do nitrogênio virou tendência entre os cervejeiros de todo o mundo.

As vantagens do nitrogênio

Como não é novidade, toda cerveja possui CO2 (gás carbônico), formado naturalmente pelas leveduras durante a fermentação. Sua atribuição está na carbonatação do líquido, contribuindo para a formação do colarinho. No caso dos chopes, o gás também é útil para “empurrar” a bebida para a torneira das chopeiras – na prática, o gás entra no barril e, por meio da pressão, expulsa o líquido.

Imagem: Nathana Rebouças – Unsplash

Da mesma forma, essa tarefa pode ser realizada com a utilização de nitrogênio. Muitas cervejas contam com uma mistura do nitrogênio com o gás carbônico, considerando suas vantagens. Por conta do menor tamanho, o nitrogênio pode ser incorporado em maior quantidade e ser dissipado rapidamente, causando o “efeito cascata”, ou seja, a impressão de que as bolhas formadas avançam do fundo do copo em direção à espuma.

Essa alternativa apresenta um aspecto de maior cremosidade ao líquido e proporciona uma maior leveza e suavidade ao corpo da cerveja, além de permitir que a espuma permaneça no copo por mais tempo.

As proporções das misturas

Para que o chope apresente boa qualidade, é essencial que a mistura de gases seja realizada adequadamente, preservando o sabor e outras características da bebida. No caso da mistura de CO2 com nitrogênio, normalmente ela é 30/70 – basicamente, 30% é gás carbônico e 70% é gás nitrogênio.

Imagem: BENCE BOROS – Unsplash

Por outro lado, há muitas cervejarias que tiram chope com bem mais nitrogênio (algo em torno de 3/4 nitro e 1/4 CO2), mas é importante se atentar para qual o tipo de cerveja que está sendo servido – o ideal, segundo os cervejeiros, é que a proporção de CO2 seja mais alta em IPA e lager e mais baixa em stouts e nitros.

Imagem de capa: KamranAydinov – br.freepik.com

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